terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A TUPINIQUIM JAZZ ORQUESTRA

surgiu da vontade de jovens instrumentistas da Orquestra de Sopros Pró-Arte (OSPA) de reavivar belos arranjos da música brasileira – para dançar! A Orquestra teve o privilégio de partilhar de músicas, adaptadas para a OSPA, de ilustres compositores como Villa Lobos, Hermeto Pascoal, Tom Jobim, Moacir Santos, Radamés Gnatalli, Edu Lobo, Chico Buarque, Guinga, entre muitos outros.

A ideia para o nome do grupo partiu da composição Jazz Tupiniquim do grande mestre Sivuca. Um samba bastante característico, Jazz Tupiniquim proporciona de um jeito bem brasileiro espaço para pontes de improviso, recursos tão popularizados por gêneros como o jazz e o blues. Esta peça é um símbolo de um movimento artístico mais amplo, no qual músicos e artistas brasileiros que bebem de múltiplas influências culturais reivindicam através da beleza e riqueza de seus trabalhos a universalidade na música brasileira e a ‘brasilidade’ na música universal. Grandes nomes da nossa música, como Villa Lobos, Hermeto Pascoal, Tom Jobim, Egberto Gismonti, Chico Buarque, entre muitos outros, direta ou indiretamente contribuem para o questionamento de categorias e rótulos musicais pré-estabelecidos, celebrando a essência do universal na música: a inclusão de culturas e influências que podem e devem ser moldadas por tradições locais, em um processo dinâmico de intercâmbio cultural incessante. Em poucas palavras, é esta a filosofia da Tupiniquim Jazz Orquestra: resgatar formas tradicionais e clássicas da música brasileira, traduzindo-as em uma linguagem que se enriquece através de diversas influências musicais para se comunicar de forma livre e natural com o público, no Brasil e no mundo.

A Tupiniquim une composições populares a arranjos modernos e sofisticados, cuidadosamente preparados por renomados arranjadores como Jovino Santos Neto, Zeca Assumpção, Jayme Vignoli, Eduardo Neves e Fernando Trocado, entre muitos outros, inclusive integrantes do próprio grupo, como o guitarrista Felipe Machado. O resultado é um repertório original e cheio de energia. De seu modo todo especial, a Orquestra canta chôro, frevo, galope, xote e baião do seu jeito assim, Jazz Tupiniquim, onde a regra universal é a dança e o samba é apenas uma das línguas festejadas no salão.

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